Joaquim
e Ana, por muito tempo não tinham filhos, até que nasceu Maria, em cuja
infância se dedicou totalmente e livremente a Deus, impelida pelo Espírito
Santo desde sua concepção imaculada.
A memória que a
Igreja celebra hoje não encontra fundamentos explícitos nos Evangelhos
Canônicos, mas, algumas pistas no chamado proto-evangelho de Tiago, livro de
Tiago, ou ainda, História do nascimento de Maria. A validade do acontecimento
que lembramos possui real alicerce na Tradição que a liga à Dedicação da Igreja
de Santa Maria Nova, construída em 543, perto do templo de Jerusalém.
Os manuscritos
não canônicos, contam que Joaquim e Ana, por muito tempo não tinham filhos, até
que nasceu Maria, em cuja infância se dedicou totalmente, e, livremente, a Deus,
impelida pelo Espírito Santo, desde sua concepção imaculada. Tanto no Oriente,
quanto no Ocidente observamos esta celebração mariana nascendo do meio do povo
e com muita sabedoria sendo acolhida pela Liturgia Católica, por isso esta
festa aparece no Missal Romano a partir de 1505, onde busca exaltar a Jesus
através daquela que muito bem soube isto fazer com a vida, como partilha Santo
Agostinho em um dos seus Sermões:
“Acaso não fez a vontade do Pai a Virgem Maria, que
creu pela fé, pela fé concebeu, foi escolhida dentre os homens para que dela
nos nascesse a salvação; criada por Cristo antes que Cristo nela fosse criado?
Fez Maria totalmente a vontade do Pai e por isto mais valeu para ela ser
discípula de Cristo do que Mãe de Cristo; maior felicidade gozou em ser
discípula do que mãe de Cristo. E assim Maria era feliz porque já antes de dar
à luz o Mestre, trazia-o na mente”.
As grandes
místicas: a Beata Ana Catarina Emmerich, a Venerável Sóror Maria de Ágreda e a Serva
de Deus Maria Valtorta, em suas revelações, fazem menção à consagração de Maria
no templo de Jerusalém, como virgem consagrada ao Senhor. Maria – assim narram
as videntes praticamente unânimes – foi consagrada ao Senhor no templo tendo
apenas 03 anos de idade. Lá ficou até seus 14 a 15 anos, tendo como mestra Ana,
a profetisa. Entre as demais virgens consagradas, Maria vivia uma vida de
intensa oração e trabalho, ocupando-se sempre no trato com o Senhor. Dali só
saiu quando foi indicada para contrair núpcias com São José.
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Beata Maria do Divino Coração |
A Beata Maria do
Divino Coração dedicava devoção especial à festa da Apresentação de Nossa
Senhora, de modo que quis que os atos mais importantes da sua vida se
realizassem neste dia.
Foi no dia 21 de
novembro de 1964 que o Papa Paulo VI, na clausura da 3ª Sessão do Concílio
Vaticano II, consagrou o mundo ao Coração de Maria e declarou Nossa Senhora Mãe
da Igreja.
Nossa Senhora da
Apresentação, rogai por nós!