Mostrando postagens com marcador Santa Teresa de Jesus. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Santa Teresa de Jesus. Mostrar todas as postagens

sábado, 9 de abril de 2016

O CORAÇÃO INCORRUPTO DE SANTA TERESA DE JESUS (TERESA D'ÁVILA)





Tudo começou, em 1571, quando a Santa num arrebatamento místico, teve a visão de um arcanjo que lhe transpassara o coração com uma lança chamejante.

Passado mais de dez anos desse evento, quando a Santa morreu, em 1582, uma noviça que velava seu corpo incorrupto, pegou uma faca afiada e arrancou-lhe o coração, escondendo-o em sua cela. Do coração manava um regueiro de sangue, que exalava deliciosa fragrância. As autoridades eclesiásticas tomaram as medidas cabíveis. Recuperaram o coração de Santa Teresa foi quando observaram admirados uma série de prodígios:

Puderam admirar com todos os detalhes no coração incorrupto da santa os traços indubitáveis da transverberação e da carbonização causados pela mística lança que ainda hoje pode ser observada.

Depois da morte, até hoje, as lesões no coração evoluem como num coração vivo!

Na noite de 18 a19 de março de 1836, surgiram na parte do coração de Santa Teresa um espinho perceptível ao tato. Nova ponta surge em 19 de março do mesmo ano. As duas pontas foram crescendo e trinta anos depois já mediam, respectivamente, 5 e 7 cm.

Três séculos depois da morte de Teresa de Jesus surge uma terceira ferida de 2 cm. Uma quarta, em 1873, também de 2 cm. E foram surgindo mais espinhos. Hoje, no fundo da ampola de vidro, entre outras formas indefinidas de crostas de cicatrizes e outros detritos cardíacos podem contar-se, ao menos, 15 espinhos.

O coração foi guardado num globo de vidro hermeticamente fechado. O admirável é que o coração, frequentemente, desprendia calor. Pelo calor ou pelo aroma, o fato é que o vidro estoura. Põe-se outro vidro, fechado e algum tempo depois, explode também. Numerosas vezes. Por isso, houve que fazer na parte superior, uma abertura para o coração "respirar" (ver foto ao acima).

Em várias ocasiões, o coração da Santa Doutora começou a dilatar-se, a hipertrofiar-se até a adquirir um volume completamente inexplicável pelos médicos e, depois, começa a diminuir de novo até o tamanho normal.

Verificações médicas realizadas entre 1872 e 1873 pelos professores da Universidade de Salamanca constataram a existência de um corte transversal de, pelo menos, uns cinco centímetros, na parte superior e anterior do coração incorrupto de Santa Teresa e que, ao longo da ferida, observou-se claros sinais de combustão como se feitas por um ferro incandescente.


Pergunta: como Santa Teresa de Jesus pôde sobreviver mais de dez anos de sua vida com tal lesão cardíaca? Realmente, um grande milagre. O simples fato de a Santa continuar viva a pesar de ter seu coração transpassado já era um grande milagre. 

TRANSVERBERAÇÃO DO CORAÇÃO DE SANTA TERESA DE JESUS - Poema de Madre Joaquina do Santíssimo Sacramento, ocd)





Nascida na Espanha do século XVI, em 28 de março de 1515, Santa Teresa de Jesus, mais conhecida como Teresa de Ávila, é a Madre fundadora do Carmelo Descalço ou Carmelo Teresiano. Mulher dotada de muitos dons naturais e sobrenaturais, foi agraciada por Deus com uma grande graça mística: a transverberação de seu coração, sinal de seu "matrimônio espiritual" com o Esposo Jesus, com o qual  chegou a profunda união mística. 
Teresa de Jesus foi grande mestra de oração e espiritualidade. Seus famosos livros: Livro da Vida, Caminho de Perfeição, Fundações, Castelo Interior ou Moradas e suas várias cartas, trazem uma sólida doutrina e mostram como é possível a uma alma chegar a grande perfeição e união com o Amado, através de uma vida de oração perseverante, que Teresa chamava de "trato de amizade, estando muitas vezes a sós com Aquele que sabemos que nos ama"
Por causa de seus escritos, riquíssimos em doutrina salutar para a santificação das almas, foi proclamada Doutora da Igreja e Mestra de Oração. Faleceu em Alba de Tormes, Espanha, em 04 de outubro de 1582. 
Ainda hoje, em Alba de Tormes, Espanha, conserva-se em precioso relicário, milagrosamente incorrupto, o coração da Santa, no qual ainda se percebe a presença da chaga causada pela transverberação. 
Coloco aqui um belíssimo poema escrito por Madre Joaquina, uma das três madres fundadoras do Carmelo Santa Teresinha, de Fortaleza, CE. 



Transverberação do Coração de Santa Teresa de Jesus.
(Madre Joaquina do Santíssimo Sacramento, ocd)


Teresa estava rezando
Como um serafim
Toda absorta , senão quando
Surge um Querubim...



Era pequeno e mui lindo
Todo incandescente...
Um dardo vinha brandindo
De ouro e fogo ardente.

Chega-se muito galhardo
- Caso nunca visto!
E no peito enterra o dardo
Na Esposa de Cristo!

O longo dardo lhe mete
Bem no coração...
E várias vezes repete
Esta operação!

Arrancaram-lhe as entranhas
Teresa sentia...
Entre delícias tamanhas
Que se desfazia...

Não queria ver findar-se
Tão imensa dor
E sentia-se findar-se
De gozo e de amor...



E gemia docemente
A sagrada amante
Toda feita em fogo ardente
Quase agonizante...

Desde este glorioso dia
Sempre, sempre a arder,
Santa Teresa gemia:
Ou sofrer ou morrer!


E ainda hoje se vê chagado
- Assim Deus o quis!
O coração transpassado
Da virgem feliz!

O mãe, por tua bendita
Transverberação
A estes filhos carmelitas
Fere o coração! 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

SÃO JOSÉ: o homem a quem o próprio Deus chamou de pai.




O precioso depoimento de Santa Teresa de Ávila (de Jesus)  sobre a intercessão do santo carpinteiro

Uma das maiores santas da história do cristianismo, Santa Teresa d’Ávila (de Jesus), era profundamente devota a São José, considerando que, se o próprio Deus lhe obedeceu na terra como filho adotivo, também no céu Ele escuta toda prece que lhe apresentamos por intermédio do santo e humilde carpinteiro.

Compartilhamos hoje um extrato do testemunho de Santa Teresa sobre a eficácia da intercessão do santo pai adotivo de Jesus:


Livro da Vida VI, 5-8
“Quando vi o estado a que me tinham reduzido os médicos da terra e estando tão enferma em tão jovem idade, decidi recorrer aos médicos do céu e pedir-lhes a saúde, porque, muito embora suportasse a doença com tanta alegria, desejava também ser curada. Pensava que, se com saúde acabasse condenada, melhor seria ficar assim, mas também imaginava, com a saúde, ser capaz de melhor servir ao Senhor. Eis o nosso erro: não querer abandonar-nos em tudo às mãos de Deus, que sabe melhor do que nós o que nos convém. Comecei a encomendar missas e a fazer orações aprovadas (…)

Tomei então por meu advogado e patrono o glorioso São José e a ele me confiei com fervor. Este meu pai e protetor me ajudou na necessidade em que me achava e em muitas outras mais graves, em que estava em jogo a minha honra e a salvação da minha alma. Vi claramente que a sua ajuda me foi sempre maior do que eu pudesse esperar. Não me lembro de ter jamais lhe rogado uma graça sem a ter imediatamente obtido. E é coisa que maravilha recordar os grandes favores que o Senhor me fez e os perigos de alma e corpo de que me livrou por intercessão deste santo bendito.

A outros santos parece que Deus concedeu socorrer-nos nesta ou naquela precisão, mas experimentei que a todas o glorioso São José estende o seu patrocínio. O Senhor quer assim nos mostrar que, tal como esteve sujeito a ele na terra, onde ele podia comandá-lo como pai adotivo, assim também no céu atende tudo o que ele pede. E assim reconheceram, por experiência, ainda outras pessoas que a meu conselho se recomendaram ao seu patrocínio. Muitos outros se tornaram recentemente seus devotos por terem experimentado esta verdade.

Eu procurava celebrar sua festa com a máxima solenidade (…) Pela grande experiência que tenho dos favores obtidos de São José, quisera que todos se persuadissem de lhe ser devotos. Não conheci pessoa que lhe fosse verdadeiramente devota e lhe prestasse particular serviço sem fazer progressos na virtude. Ele ajuda muitíssimo quem a ele se recomenda. Há já vários anos que, no dia da sua festa, eu lhe peço alguma graça e sempre sou ouvida. Se o que peço não é tão reto, ele o ajeita para meu bem maior.


Se as minhas palavras tivessem autoridade, com gosto narraria em detalhes as graças que este glorioso santo tem concedido a mim e a outros, mas, não querendo ir além dos limites que me foram impostos, em muitas coisas serei mais breve do que gostaria e em outras mais demorada que o necessário: em suma, como quem tem pouca discrição em tudo o que é bem. Peço apenas, pelo amor de Deus, que quem não me crer faça a prova e verá por experiência quão benéfico é confiar-se a este glorioso Patriarca e lhe ser devoto”.

(Fonte: site "Aletéia")